A fim de de dar atendimento à demanda histórica do Movimento Negro no Brasil, foi instituído em 2011, pela presidente em exercício Dilma Rousseff, o dia 20 de novembro como o Dia da Consciência Negra, realizado desde então, com uma série de iniciativas da sociedade civil, movimentos sociais e instituições públicas, em diversos modelos, momentos e plataformas, para dar protagonismo e visibilidade às necessidades do movimento negro em sua luta por igualdade de direitos e combate ao racismo. O movimento espera alavancar o reconhecimento da causa, conquistar mais representatividade, afirmar sua resistência e a colocação da questão racial na sociedade.
O mês é emblemático neste sentido, quando uma agenda de ações é intensamente colocada em prática e toda a sociedade deveria manifestar apoio às causas debatidas, com o mínimo esperado de consciência crítica, a fim de banir de vez o fantasma e estigma do racismo no país, ainda visível e transparente de variadas, infelizes e sutis formas de ocorrência. Obviamente que não só devemos nos ater a um período específico, mas é bom sermos acordados e chacoalhados pelas consequências persistentes de uma cultura arraigada e endurecida que caminha na contra-mão dos movimentos afirmativos em total desrespeito aos direitos humanos..
O mês é emblemático neste sentido, quando uma agenda de ações é intensamente colocada em prática e toda a sociedade deveria manifestar apoio às causas debatidas, com o mínimo esperado de consciência crítica, a fim de banir de vez o fantasma e estigma do racismo no país, ainda visível e transparente de variadas, infelizes e sutis formas de ocorrência. Obviamente que não só devemos nos ater a um período específico, mas é bom sermos acordados e chacoalhados pelas consequências persistentes de uma cultura arraigada e endurecida que caminha na contra-mão dos movimentos afirmativos em total desrespeito aos direitos humanos..
Em Salvador, na Bahia, a Sepromi (Secretaria de Promoção da Igualdade Social) é um dos órgãos responsáveis pelo desenvolvimento de ações afirmativas chamando atenção para os fundamentos ligados ao mês da consciência negra, cujo lançamento oficial do evento no dia 08 no Teatro Castro Alves, com apresentação do Bando de Teatro Olodum, a cantora baiana Margareth Menezes, dentre outras atrações. Outro ponto-chave das manifestações no mês é a Marcha do Empoderamento Crespo, cujo temática e emblema é politizar o caráter estético dos cabelos crespos, como ferramenta de estigmatização e deslegitimação dos cabelos crespos na sociedade brasileira, e assim empoderar aqueles que o usam.
Podemos notar, que nos últimos cinco anos - principalmente - um aumento crescente do número de pessoas (nas ruas, rodas, redes sociais, e mídias) que usam os cabelos crespos naturalmente, os chamados black power, ou trançados, soltos ou com os famosos dreadlocks. Este é apenas um dos aspectos que o movimento negro quer levantar em suas lutas.
A luta pela igualdade racial chegou para ficar e tem conquistado alguns resultados incipientes e conseguido a adesão de personalidades do cenário político e do entretenimento nacionais que potencializam a visibilidade das ações. Deputados, senadores, atrizes e atores, músicos, têm levantado a bandeira da causa racial, incitando a coletividade a pensar sobre o assunto. Impossível por exemplo, não fazer uma referência à música brasileira e todo poder que ela agrega a qualquer ideia/atividade às suas narrativas. Aqui podemos citar os novos talentos nacionais que são ouvidas (os) através das redes sociais, plataformas virtuais, nos shows, nos cd!s, etc, como as cantoras Ludmilla, Karol Conká, Iza, Tássia Reis, as baianas Márcia Short, Anna Mametto, Manuella Rodrigues, Mariella Santiago, entre tantas. Vale ressaltar o recente trabalho das veteranas como Zezé Motta e Elza Soares. Esta última, que sempre representou a força da mulher negra na vida e no trabalho, exalta fortemente estes traços em seu mais recente álbum "A mulher do fim do mundo":
Também no dia 20, no Pelourinho, realizar-se-á a festa "Afro Fashion Day", com gastronomia, desfiles, arte, moda, beleza negra, música, dança, oficinas (de turbantes, por exemplo) feira, exposição de produtos e serviços de empresas como Africanidades, Afreeka, N Black, Ori turbantes, Crioula,Negrif, etc, trazendo modelos e convidados negros.
No centro das manifestações a militância ainda pretende ressaltar as questões do feminicídio de mulheres negras, a precariedade do mercado de trabalho para o negro, a violência policial imposta aos jovens negros arbitrariamente, o movimento quilombola, dentre outros casos gravíssimos de abusos cometidos sistematicamente. Lutam por reparação, conscientização, transparência, afirmação, justiça, direitos humanos, cidadania plena, aquisição de direitos em paridade racial. O Novembro Negro chegou para ficar, para identificar um movimento legítimo de conquista de direitos e o Estado Democrático de Direito é para todos, não apenas para uma parte da população
Curiosamente, nos primeiros dias de novembro (08 e 09), será realizado o congresso "Encontro Nacional de Direitos Humanos -ENDH" , no qual se pretende elencar uma série de reflexões, debates, troca de experiências e busca de estratégias para a formulação de uma pauta comum de lutas políticas e sociais para a área em 2018. O Encontro está aberto a toda a sociedade, agentes públicos e protetores dos direitos humanos.
Em Salvador, uma das programações infantis do novembro negro é :
Veja mais sobre o novembro negro em: http://www.teatronu.com/marcha-do-empoderamento-crespo-o-cabelo-fazendo-a-cabeca/; https://esquerdaonline.com.br/2016/11/07/a-consciencia-para-alem-do-novembro-negro/ ; https://www.geledes.org.br/salvador-novembro-negro-abre-programacao-no-dia-8/ ; https://www.geledes.org.br/10-mulheres-negras-que-fazem-a-diferenca-na-bahia/ ; http://blogueirasnegras.org/2015/03/07/as-novas-baianas-mulheres-negras-na-musica/ ; http://www.modefica.com.br/representatividade-importa-10-cantoras-negras-brasileiras- para-curtir-e-se-inspirar/#.Wf-b6_lSzIV ; https://www.cartacapital.com.br/blogs/intervozes/o-novembro-negro-e-os-meios-de-comunicacao-3062.html
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