quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Eleições Novembro 2018

Daqui a um ano já estaremos com novo governante no país.Não importa o partido vencedor, o maior representante brasileiro já terá sido escolhido. Chegamos à contagem regressiva em relação ao necessário preparo que teremos que ter, a fim de escolher bem o futuro eleito da maior instância representativa. Preparados ou não, aí vamos nós!Agora é torcer que alarguemos nossas perspectivas sobre o entendimento da política. Se precisamos de reformas (previdenciária, trabalhista, ou seja o que for), quais seriam e em que termos, temos que saber. Quais as prioridades políticas na grande agenda brasileira que devem ser contempladas? Quem melhor representaria estes interesses? Nós  consertaremos o estrago feito priorizando em instituições, que pretendemos idôneas, não em pessoas (embora importantes). Em essência, a política diz respeito ao bem público, portanto, cabe a nós cuidar do corpo político.
                                                


Erramos, consertemos.Nos equivocamos? Mudemos tudo, façamos reparos. Nós decidimos o que nos afetará, por isso devemos olhar além-partido, é preciso ver aquilo que se avizinha, que está por vir, não a sombra nefasta do que foi produzido com os erros de nossas escolhas (como a proliferação multifacetada de partidos em suas afiliações). Uma estratégia para não haver mais enganos relacionados a paixões  partidárias, é ver o quanto os partidos estão desmoronando, esfacelando-se, cada vez mais fragmentados, em crise, que muitos estão chamando de crise de representação partidária. Pensar adiante para pensar bem. Precismos estar dispostos a abrir mão da fé ideológica pura e simplesmente, em vista de um bem maior, que abarque todos, não apenas um grupo - tal ou tal partido. Por isso a emergência de uma proposta de reforma política bem azeitada, sabiamente costurada, cautelosa e pondenrada que passe ao largo das dissoluções e reinvenções hoje vistas. 



Precisamos, como nação, de uma vitamina (com o perdão da metáfora). Vitamina de ética, de consenso, de moral, de ordem, de compromisso, de justiça, de probidade. Somos o leite que vai homogenizar a vitamina. As frutas soltas, liquidificadas, não se tornam uma vitamina, se torna um suco de frutas, mas estamos fracos, precisamos de uma vitamina. Temos que ter "fresco" na consciência , nossa importância como eleitores. O que importa no dia da eleição, não é a batucada feita em seguida, pelas casas e ruas, mas será a boa ou a má escolha que fizemos nas urnas.Batucadas não resolvem conflitos, uma boa política resolve. Também não organizam leis, normas ou regras de conduta, a política faz isso. Independe de uma boa batucada o aumento ou não de impostos, o controle dos gastos públicos, a correta distribuição dos recursos, a extirpação da corrupção, Mas depende da política que existe, e para haver esta política, somos nós que a faremos acontecer, existir.


Necessitamos de representação, não há como negar. No entanto, precisamos estar ali, representados. Nossa vida nas cidades é pública, os interesses são de todos, não de uma minoria, embora cada minoria precisa ter representatividade. O presidente da república governará para todos brasileiros, os brasileiros de todos os brasis. Com essa ideia mentalizada, devemos partir para a poupança, cujo saldo retiraremos daqui a um ano. Como a boa e velha poupança, que só dá lucro se ficar guardada um certo tempo, pensemos em fazer nossa poupança cívica, guardando dentro de nós, análises, comparações, resultados, desempenhos, observação cuidadosa das gestões, dos programas divulgados, dos históricos, etc, à parte de qualquer que seja o partido na disputa eleitoral. Ao fim de um ano saberemos o que devemos fazer para o bem público, para a comunidade de brasileiros e brasileiras que sofrerão as consequências da opção feita.

                                                    


Uma importante ferramenta se faz necessária agora: o dicionário. De posse dele, precisamos conhecer profundamente estas palavras: analisar, discernir, entender, apurar, problematizar, criticar. Vamos precisar destes conhecimentos para efetivar nosso voto. A política é sim um instrumento de transformação da sociedade, só vamos transformar o que estamos insatisfeitos se o instrumento que temos a mão, - aquele que delega poder - o voto, for bem usado. Daí em diante é que teremos e veremos a eficácia ou contra-produção no governo instituído. 

                                                


Nossa preocupação não deve se ater apenas à questão da ética, embora de essencial importância. Parta do princípio de que, naturalmente, já deveríamos ser éticos em essência.O passado "limpo" conta, a eficiência administrativa também, a capacidade de servir ardentemente o povo, compreender e acatar as demandas sociais, estar acessível às mudanças na sociedade para agir de forma a contemplar os novos interesses que surgem, dentre tantas outras qualidades. Quem está naquele prédio, que abriga cerca de 25 mil pessoas, representa os 207 milhões de cidadãos brasileiros dos 8 milhões e 516 mil quilômetros quadrados de território.Simples assim. Portanto, tomemos posse do que nos pertence ao fim e ao cabo. Façamos do ato político de eleger uma representação, um valor, um bem, tão importante quanto outros que damos valor (que provavelmente, inclusive, não deve ser  tão relevante quanto).Em síntese, um cidadão apolítico acaba com o pais, não os seus governantes. 

                                                


Sim, queiramos ou não, gostemos ou não, satisfeitos ou não, somos animais políticos de fato. Temos que nos cansar de sermos  "desassistidos", de nos portar como consumidores vorazes ao invés de cidadãos conscientes, de ver a política com desdém porque nos indignamos com os rumos que tomou nas mãos erradas.O mais viável a perceber com o propósito de acertar o rumo do Brasil de volta, é sobre a crucial importância de votar bem, pois é no âmago político que a política se resolve, não fora  dela, na apatia do desgosto. Para mudar para algo melhor é imprescindível o voto, deixarmos de acreditar em um "salvador da pátria" e nos conscientizarmos de que o que precisamos são de "salvadorES da pátria". 

                      Veja mais em :http://www.gazetadopovo.com.br/vida-publica/crise-de-representacao-partidaria-e-um-problema-historico-c52qr5g4p5pif3xc63jksanv2

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